segunda-feira, 29 de junho de 2009

Só EUA superam Brasil em número de blogueiros

Em 2003, aos 19 anos de idade, o norte-americano Matt Mullenweg criou o Wordpress, software que se transformou na principal plataforma de criação de blogs. No último sábado ele participou em São Paulo do CMS Brasil 2009, evento sobre sistemas de publicação de conteúdo na web. Segundo Mullenweg, o Brasil só é superado pelos EUA em número de acessos ao portalwww.wordpress.com.

“Recebemos 20 milhões de visitantes únicos do Brasil por mês”, afirmou. O Wordpress abriga um milhão de blogs publicados por brasileiros. Estatísticas mostram, entretanto, que 95% dos blogs criados em todo o mundo são abandonados. Mullenweg não acha que isso seja um problema, já que 10 mil novos blogs são criados diariamente no Wordpress.

“Há 15 anos, o objetivo da web era revelar o que não estava acessível. Hoje, ao contrário, temos excesso de informação”, afirmou. Ele acredita que nossos amigos em redes de relacionamentos como o Facebook e o Twitter podem atuar como um filtro para selecionarmos as informações que nos interessam no gigantesco palheiro digital da internet.

Por Ricardo Anderáos.

Cannes Lions 2009 entregou 674 prêmios


Foi uma maratona de 674 Leões e Grand Prix. Com isso, apesar da diminuição nas inscrições, o Cannes Lions 2009 bate o recorde de prêmios do ano anterior, quando foram concedidos 579 troféus.

Apesar disso, algumas áreas foram mais rigorosas, especialmente as que tiveram júris comandados por David Lubars, que impôs severidade, diminuindo o total de Leões de 107 para 88 em Film e de 92 para 71 em Press.

O mesmo enxugamento ocorreu na quantidade de Leões a área de Rádio (de 48 para 33).

Por outro lado, se mantiveram nos mesmos patamares as competições de Outdoor (de 63 para 69), Promo (de 49 para 44) e Cyber (de 80 para 82).

Mas, no final das contas, pesaram pela maior quantidade total de prêmios em 2009 os júris mais benevolentes de Direct (de 38 para 50) e Design (de 39 para 83), além da verdadeira farra de Leões promovida pelo Media Lions, que concedeu inacreditáveis 122 troféus, ante os 55 da edição passada.

Também é preciso considerar que houve uma nova área neste ao, o PR Lions, mas que entregou comedidos 18 prêmios.

Matéria de Alexandre Zaghi Lemos ao Meio&Mensagem Cobertura Especial Cannes Lions.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Planejamento de Mídia.

Esse assunto é pouco esclarecido pelos professores acadêmicos dos cursos de Comunicação, deixando nós alunos com muitas dúvidas e perguntas a respeito de como deve ser um bom Plano de Mídia, pesquisando via internet e livros afins. Encontrei uma boa referencia a respeito da atividade de mídia no Brasil, com certeza um profissional empenhado há atividade acadêmica na área de mídia, José Carlos Veronezzi passou pelas mais importantes agências de São Paulo, onde exerceu funções em todas as áreas de mídia. Possui grande experiência no setor em empresas anunciantes e em institutos de pesquisa. Vencedor dos prêmios de mídia do Estadão, em 1999; e da Gazeta Mercantil, em 1978. Integra o Grupo de Mídia de São Paulo desde 1972, além de ter participado do Comitê de Mídia da ABA, da ABIPEME e da diretoria do IVC.
“Independente do tipo de produto, campanha ou tamanho, qualquer Plano de mídia deve ser constituído por três grandes partes, e uma quarta, os anexos, que poderá entrar ou não, de acordo com a necessidade. Sendo os itens Informações básicas, Objetivo, Estratégias e os Anexos” Diz o publicitária José Carlo Veronezzi.

Modelo de Roteiro Básico de Mídia para download

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Rede TV lançará portal jornalístico online na íntegra

Com a Internet, marcas e produtos têm liberdade e interação única de um meio que se consolida como uns dos principais canais de comunicação. Campanhas podem ter diversos objetivos, como aumentar o reconhecimento da marca com ações de branding, gerar experimentação, fornecer informações mais detalhadas sobre produtos e serviços, criar banco de dados próprio para ações específicas com target qualificado, que somente a Internet é capaz de atingir com absoluta precisão.
Reduzir custo de marketing substituindo parte do investimento de outras mídias pelo investimento em mídia online, realizar pesquisas para saber o índice de satisfação de seu consumidor, gerar tráfego em seu site, criar comunidades ao redor de seu produto, identificar interesses dos consumidores e tendências de mercado através de ações piloto com baixo índice de dispersão e interatividade total.
Talvez por ter essas características que o meio internet vem recebendo grandes investimentos publicitário a cada ano, segundo informação foi o meio de registrou maior crescimento 45,7%, e também o único a obter resultado positivo em todos os meses do ano. Dessa forma, praticamente dobrou sua participação no bolo publicitário na última meia década. Em 2003, quando foi incluída no Projeto Inter-Meios, a internet tinha 1,5% de share, e em 2007, 2,8%. Levando-se em conta que o Google não consta do projeto e é responsável por quase 80% do segmento de links patrocinados no Brasil, pode-se aferir que essa participação é maior, devendo superar a casa dos 3%.
Percebendo esse crescimento considerável as emissoras de televisão vêm a cada dia investindo em interatividade e conteúdo OnLine íntegro, aumentando a cobertura sob o público. Essa é a vez da Rade TV que lançará No próximo dia 30,seu conteúdo na web o portal Rede TVi, destinado à cobertura em tempo real dos principais fatos das áreas de jornalismo, esportes e entretenimento. Com conteúdo gerado por uma equipe jornalística própria, o site também contará com vários canais multimídia e interativos, como vídeos, fóruns, chats e blogs. No novo portal os internautas também poderão assistir, ao vivo, a todas as atrações da emissora. O Rede TVi será lançado oficialmente em um evento no Jockey Club de São Paulo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Agências brasileira tem seis leões em Cannes, mas o destaque fica para Japoneses

Brasil com boa participação em Cannes na categoria Media Lions, Categoria que mais distribui trafeu na edição deste ano foram 122, sendo seis para o Brasil: um de Ouro, dois de Prata e três de Bronze, na edição do ano passado, apenas a Lew'Lara havia ganhado um troféu, de Bronze, para a Nokia.
E a Lew'Lara repetiu o bom resultado, levando um Ouro, com a campanha para a "Be the News", para Nissan. Nela, os assinantes de O Estado de S. Paulo puderam montar uma capa do jornal com suas notícias preferidas, a partir de textos e arquivos enviados.
As pratas foram para a Wunderman, que criou para a Land Rover, e para a DM9DDB, para a WWF Brasil.

As agências brasileiras ainda levaram três Bronzes. A New Content, com uma campanha para Becel, marca da empresa Unilever, ficou com um troféu. A Ponto de Criação, com criação para a Daimler Chrysler, e Africa, que criou para os 50 anos do Itaú, ficaram com os Bronzes.

Mais o destaque são as agências japonesa Tokyo, com uma campanha criada para Kit Kat, marca de chocolates da Nestlé e a Dentsu sendo eleita Agência do Ano.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Grupo Bandeirantes de Rádio sai na frente!

Com certeza o grupo Bandeirantes fez uma boa jogada em busca de uma fatia importante de ouvinte, com maior qualificação social, com isso conseguirá maior cobertura de público. A partir da utilização do aparelho da Apple o famoso iPhone que possui diversas ferramentas e o grupo Band não poderia ficar fora dessa oportunidade e disponibilizou um software aos usuários para que os mesmos tenham acesso ao conteúdo das rádio do grupo. Entre elas estão a Rádio Bandeirantes AM, a Nativa FM, a Band FM e a Rádio Sulamerica Trânsito (São Paulo) BandNews FM (esta com sinais de suas afiliadas em São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro), Ipanema FM (Porto Alegre), Band Vale FM e Stereo Vale (São José dos Campos) e Educadora FM (Campinas).
É possível fazer o download do aplicativo de duas maneiras: através do próprio iPhone ou no computador que sincroniza as músicas com o celular, através do software iTunes. Veja maiores informações no site: http://www.band.com.br/conteudo.asp?ID=150046

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Nova ação da Estrela Brinquedos

Nesta sexta-feira , 19 a empresa de Brinquedos Estrela coloca no ar seu novo site criado pela agência Clímax, que terá um investimento de R$ 400 mil. O site terá como conteúdo jogos interativo, promoções e divulgação das características de seus produtos.

O logo da empresa estará presente no cursor do mouse e com forte presença em todo o site que terá um catálogo com a coleção 2009. Com isso a empresa busca atingir o público infantil de forma interativa e divertida como diz Aires Leal Fernandes, diretor de marketing da Estrela.

"Não podemos ficar de fora deste novo e forte meio de nos comunicarmos com nosso público. Investir em um site altamente tecnológico e rico em atrações é uma maneira de fortalecer a marca e de tê-la como entretenimento para as crianças também virtualmente” o diretor destaca que a empresa investirá R$ 1 milhão em mídia online no segundo semestre.

Boa estratégia para driblar o alto nível critico que as campanha dirigida ao público infantil vem sofrendo por parte dos sociólogos e criticos de publicidade nos meios de comunicação de massa.

Vamos ver ate quando essas ações interativas a partir da internet será aceita pela sociedade?

A importância da mídia


Por José Carlos Veronezzi

Se hoje há um consenso que planejar, comprar, executar, pensar e fazer mídia é uma função muito importante, que requer profissionais especializados e preparados devido à complexidade e grande variedade de meios e veículos — e suas muitas formas de serem utilizados —, antigamente, o mercado dependia ainda mais das verbas de veiculação.

Lá pelos anos 30 e 40, com a J.W. Thompson e McCann, e depois com agências brasileiras mais bem estruturadas para fazer frente às americanas, é que se iniciou o desenvolvimento do mercado. Naquela época, a criação e o conteúdo da publicidade tinham qualidades equivalentes ao sentido pejorativo do termo reclame. O rádio era o meio básico e os melhores jingles não eram feitos por publicitários, e sim por autores consagrados na música. E quando a TV começou a ter publicidade regular, os comerciais ao vivo — o videoteipe ainda não tinha sido inventado — eram criados e dirigidos por diretores das próprias emissoras.

Os Diários e Emissoras Associados, de Assis Chateaubriand, só conseguiram ser o que foram e ter veículos líderes em todos os meios que atuavam porque a atividade de mídia era muito intensa, forte, regular. Faziam-se planos anuais! Em TV, verbas muito acima do necessário eram comuns, porque ainda não haviam sido criados o "sistema GRP" e seus conceitos balizadores para deixar os esforços de veiculação dentro de níveis adequados. E era preciso arrumar muito espaço para tantos comerciais. Quem é vivo há de lembrar que quando a TV Record era líder, seus programas de maior audiência tinham intervalos com até 15 minutos, e os blocos dos programas, cerca de 10 minutos.

Proporcionalmente ao mercado, a verba de veiculação era até maior que hoje, mas não havia nenhuma técnica. Talvez por isso, ou em função disso, o planejamento de mídia era feito pelos diretores de atendimento da agência, e as grandes negociações, pelo dono. Aos abnegados funcionários do "departamento de media" cabiam as funções burocráticas de execução e checking.

Na esteira do desenvolvimento e importância que a mercadização (execução das várias etapas de um plano de marketing) passou a ter para as empresas, mesmo com a crescente participação das novas disciplinas nas verbas de marketing, a mídia se desenvolveu, criou conceitos, estabeleceu critérios, deixou de "fazer média" e se tornou técnica, ganhou status e importância para o anunciante. E os donos de agências tiveram de lhe dar mais espaço.

Profissionais competentes conseguiram mais que isso ao se tornarem sócios nas agências, como Otto de Barros Vidal, Ivan Marques, Loy Barjas, para citar os mais conhecidos. Outros, como o Carlos Alberto Parente e o Luiz Grottera, fundaram suas agências. E do alto da superintendência comercial do maior veículo do País — a Rede Globo —, o Octávio Florisbal é o exemplo maior, dentre muitos, de mídias formados em agências que passaram a desempenhar importantes funções no atendimento, marketing e pesquisa de veículos.

Embora com menos freqüência, nos anunciantes isso também acontece, porque não há MBA, cursos na FGV, ou dezenas de anos de experiência na empresa, que possam ser comparados com o rico, variado, profícuo e abrangente aprendizado que o mídia adquire trabalhando em agências.

E pela primeira vez na sua história, a ABA – Associação Brasileira de Anunciantes, ao eleger o Orlando Lopes em abril último, passou a ter um presidente que é um mídia. Por formação e por dedicação, pois ele continua desempenhando atividades de mídia na Unilever. Referindo-se ao Fórum Anunciante & Mídia realizado em 1999, Orlando lembrou que, na ocasião, foi proposta a adoção de um modelo brasileiro de gestão de mídia a fim de fortalecer os serviços de mídia das agências, mas o que ocorreu de lá para cá foi perda de qualidade e de talentos, e sugeriu agora um "Pacto da Qualidade", como forma de reverter essa situação.

A observação é correta e o diagnóstico sensato. Porém, devido à diplomacia que seu cargo na empresa e na presidência da ABA exige, talvez o Orlando não tenha ido mais a fundo nas causas. Como eu não tenho vínculos empregatícios, e associativos, somente com o Grupo de Mídia São Paulo, posso ser bem mais crítico. Mas prudentemente digo que as causas estão em vários setores e âmbitos.

As agências deixaram de adotar o velho e bom hábito de fazer o melhor trabalho de mídia, independentemente se o cliente é exigente e preparado, ou não. Porque a rentabilidade diminuiu. Os anunciantes, ao exigirem custos menores, economizam nas taxas e perdem na qualidade. Mas isso não é percebido pela média dos anunciantes, porque cada vez mais profissionais de marketing se acham preparados para lidar com mídia apenas depois de aprenderem que "GRP é a soma das audiências" (por incrível que pareça, não é!). Pudera, de oito semestres, só em dois há disciplina de mídia em muitas faculdades de publicidade. Nas graduações e MBA de marketing, quando há mídia, só se ensinam noções.

E os veículos? Bem, os veículos sempre estiveram mais ocupados em vender espaço, o que é natural, com os líderes sempre apoiando iniciativas e pesquisas que contribuem para o desenvolvimento técnico da mídia, é bom que se diga. Mas ultimamente, mesmo esses, estão mais preocupados é com as soluções temporais do BNDES, em vez de usar melhor seus espaços para serem mais contundentes contra políticos corruptos e a favor de iniciativas de distribuição de renda, essas sim, decisões que podem definitivamente melhorar a situação de todos. Até dos ricos.



domingo, 14 de junho de 2009

Profissional de Mída

Temos o prazer de propagar as dicas de um dos maiores nome do mercado publicitário, José Carlos Veronezzi autor do livro "Mídia de A a Z", com certeza é uma boa referência para profissionais e principalmente estudantes de comunicação mais especificamente no campo de estudo em mídia, uma área pouco valorizada por parte das instituições de ensino acadêmico do curso de graduação em Publicidade e Propaganda no Brasil.

Artigo extraído do site portal da propaganda

Técnica e juízo
José Carlos Veronezzi

Até meados do século XVII, a explicação dogmática do porquê qualquer corpo mais pesado que o ar vai ao chão apoiava-se na teoria aristotélica de que "os graves caem porque seu lugar é embaixo". Somente em 1665, quando Isaac Newton formulou a lei da gravitação, o mundo passou a aceitar essa explicação técnica e correta, embora desde o começo dos tempos os objetos sempre foram ao chão por causa dessa lei. Mal comparando, em mídia todas as "leis" que regem as formulações usadas para medir os níveis de esforços das veiculações existem e funcionam desde o começo da publicidade moderna, ou seja, bem antes de elas começarem a ser explicadas por alguns profissionais de mídia americanos e ingleses a partir da década de 60.

O que quero dizer é que quando alguém acha que há muita frescura e perda de tempo ao se aplicar a chamada mídia técnica, porque basta conseguir bons descontos (altos percentuais, não necessariamente boas negociações), programar os veículos líderes e usar bastante verba, para a veiculação obter bons resultados de comunicação, não está falando nenhuma mentira (quanto a "obter bons resultados"), mas está pensando como um bispo da Idade Média, por achar que as "leis" que regem as técnicas de mídia só funcionam quando delas tomamos conhecimento.Contudo, com o uso de verbas altas, qualquer um consegue fazer veiculações que dêem bons resultados. Em termos de comunicação, pelo menos. Não precisa nem de agência para isso.

Mas independentemente do tipo de agência em que o trabalho de mídia é feito, o principal objetivo dos mídias deve ser recomendar, e justificar, volumes de verbas suficientes, ou seja, que consigam obter os mesmos bons resultados, mas com 20, 30 ou 40% a menos que os exageros que se cometem por aí. Impunemente. E não menos condenável são as verbas muito baixas, que geram níveis de esforços de veiculação insuficientes e não conseguem nenhum resultado.

E como fazer para saber se a verba está muito acima ou abaixo do necessário? Primeiro comparando e mensurando de forma individual os custos e dados quantitativos, qualitativos e subjetivos das pesquisas, para um melhor ajuizamento dos veículos e programas que serão selecionados (e não usando apenas o veredicto dos CPM); e depois, com relação à programação como um todo, analisando os estudos de simulação que levantam os dados de cobertura, freqüências, GRP e distribuição de freqüências. Esses indicativos estão presentes — mas não visíveis à primeira vista — em toda veiculação, quer os responsáveis pela sua aprovação os conheçam, ou não. Porque, assim como a lei da gravidade faz as coisas irem ao chão, as "leis" dos conceitos de mídia indicam se uma veiculação está muito fraca, boa ou com verba saindo pelo ladrão. Ladrão no bom sentido (pois não estou querendo insinuar nada).

Mas tão ou mais importante que conhecer os meandros dos conceitos e técnicas de mídia é ter juízos corretos a respeito. Vejamos: passados pouco mais de três séculos desde que uma maçã caiu na cabeça de Newton, ao perguntarmos às pessoas comuns por que uma maçã cai mais depressa ao chão do que uma bola de algodão de igual tamanho, a maioria dirá que é porque a maçã pesa mais. Quando a explicação correta é porque o centro da Terra exerce uma força maior de gravidade sobre a maçã, por ela ter mais massa.Nas questões quase metafísicas da mídia (em que são medidos aspectos voláteis e etéreos como cobertura, freqüência, lembrança, percepção, assimilação, saturação etc.) também ocorrem falsos entendimentos. O maior é aquele de que o principal e único indicador do "nível de esforço" de uma veiculação, em termos de comunicação, é o GRP. Ou Tarp, ou TRP, se preferirem. E aqui vai mais um falso juízo: o GRP não foi criado para indicar unicamente "audiência domiciliar", como muitos pensam. GRP, significando "sistema", ou "soma de audiências", tanto pode se referir à audiência domiciliar como a um dos mais de 300 targets existentes. Portanto, o uso da sigla Tarp, como se GRP somente se referisse à audiência domiciliar e Tarp à audiência target, não faz sentido.Voltando ao equívoco de se achar que o GRP é que indica o nível de esforço da programação, isso tem até uma atenuante, porque ao olharmos uma programação, com seus números de exibições por programas e audiências, ela mostra a soma dessas audiências, que é o GRP, e isso dá uma boa idéia da força da programação.Porém, os dados associados à comunicação são: freqüência e cobertura. Tanto que, quando uma programação consegue um nível forte de comunicação é porque obteve uma alta cobertura no público-alvo, com uma freqüência eficaz cuja amplitude de freqüências, costuma-se dizer, "está mais para a direita", por exemplo: 5 a 15, 7 a 17 etc.

Esses indicadores podem ser medidos da seguinte maneira: simula-se que a programação já foi veiculada, e com base nos bancos de pesquisa do Ibope, por meio do estudo Planview, se obtêm as coberturas no público para cada uma das freqüências, o que permite construir uma "distribuição de freqüências", que consegue mostrar o nível de força da programação.Enfim, é preciso não só conhecer, mas acreditar que a análise desses conceitos de mídia indica com clareza o nível de esforço das veiculações, embora, pelo que se percebe em muitas veiculações, para os seus responsáveis se conscientizarem de que tanto a gravidade atua com mais intensidade nos corpos com mais massa como os conceitos de mídia conseguem comprovar os grandes desatinos cometidos, seria preciso que uma jaca lhes caísse na cabeça.

Fonte site Portal da Propaganda.